Uma tristeza grande nos domina quando testemunhamos o fim de coisas boas. É como se nossa vida se fosse um pouquinho com elas. O restaurante Sinhá, na Rua dos Pinheiros, em São Paulo, era excelente. Comida boa, adequada em termos de quantidade, material de primeira, serviço gentil e acolhedor. Hoje, ao passar pela sua porta, notei que, estranhamente, não existia muita gente no interior. O horário costumava representar filas junto ao segurança que as ordenava. Entramos. Acolhida indiferente, burocrática seria ótimo. Foi pior. No balcão de saladas, folhas quebradas, secas, murchas. O gosto da abobora era de coisa velha, refeita. Já desanimados, seguimos para o fogão. Lamentável. O torresmo era um insulto à comida brasileira, oleoso, e com aparência horrível. Os pratos ao lado da chapa, desoladores. Ovo seco, batata oleosa, feijão péssimo. A carne, bem, bife de pensão é pouco para descrever a carne que me foi posta no prato. Enfim, segue o caixão... Saimos com um travo amargo na boca. E nada mais. RR