Eduardo Tolentino
dirige leitura de
Democracia no
Teatro Anchieta
Com
direção de Eduardo Tolentino e inédita no Brasil, Democracia é a peça em destaque dia
28 de agosto no Teatro Anchieta do SESC Consolação, dentro da programação do
ciclo 7 Leituras, 7 Autores, 7 Diretores, criado há seis anos pela
diretora Eugênia Thereza de Andrade.
De
Michael Frayn, autor da consagrada Copenhagen, e ainda inédita no Brasil,
Democracia esteve em cartaz
até julho passado no Old Vic em Londres, depois de inúmeras montagens em todo o
mundo, da Broadway a Buenos Aires. A tradução, revista por Eduardo Tolentino e
Augusto César, é de Oswaldo Mendes. No elenco o diretor reúne dez atores do
espetáculo 12 homens e uma sentença, com Zecarlos Machado no papel de Willy
Brandt.
Sinopse
Prêmio Nobel da
Paz em 1971, pela sua política de aproximação com os países comunistas do Leste
Europeu, Willy Brandt elegeu-se Chanceler da República Federal da Alemanha em
outubro de 1969 e empenhou-se para o fim da Guerra Fria, que dividia o mundo em
dois blocos, o Ocidental (Estados Unidos à frente) e o Oriental (liderado pela
União Soviética). Logo após a posse de Brandt, um espião da Alemanha Oriental,
que havia se infiltrado no Partido da Social Democracia, foi indicado para
trabalhar em seu gabinete. Aos poucos o espião, Günter Guillaume, aproximou-se
do Chanceler, conquistou a sua amizade e confiança até que, no início de 1974,
foi descoberto e preso. O Escândalo Guillaume, como se tornou conhecido, levou
Willy Brandt a renunciar ao cargo, por decisão pessoal.
A narrativa de
Democracia desenrola-se no período
de 1970 a 1974 e envolve, na trama, personagens reais como Helmut Schmidt, que
sucedeu Willy Brandt. Ao mesmo tempo em que conquistou o apoio e a simpatia
internacionais, Brandt enfrentou resistências internas dentro do governo e
dentro do seu próprio partido. Invejas, traições, acordos, mesquinharias
políticas, campanhas eleitorais, coalizões partidárias para manter a maioria no
Parlamento e compra de votos são alguns dos ingredientes que fazem da peça de
Michael Frayn um retrato provocador da democracia, com doses pontuais de humor e
ironia.
Qualquer
semelhança com o que acontece atualmente no Brasil e em outros países
democráticos não é, portanto, mera coincidência.
Michael
Frayn
Aclamado em seu país como romancista
e principal tradutor de Tchecov, o inglês Michael Frayn tornou-se
internacionalmente aplaudido no teatro graças à sua peça Copenhagen, que no Brasil onde foi
dirigida por Marco Antonio Rodrigues em 2001, para o grupo Arte Ciência no Palco
de Carlos Palma e Adriana Caruí. A peça tratava do misterioso encontro
envolvendo os pais da física quântica, Niels Bohr e Werner Heisenberg, durante a
Segunda Guerra Mundial. Nascido em setembro de 1933, em um subúrbio de Londres,
Michael Frayn surpreendeu-se com o sucesso de Copenhagen que, imaginava, interessaria
a um público restrito de interessados pela física e pela história oculta da
ciência na Guerra. Ao receber o Prêmio Tony, nos Estados Unidos, Frayn disse que
Copenhagen lhe revelou um segredo do
teatro que ele até então não percebera: O público gosta de ser desafiado. Isso
o levou a propor mais um desafio à plateia com Democracia.
Serviço:
Local: Sesc Consolação Teatro Anchieta
Endereço: Rua Dr. Vila Nova, 245 Vila Buarque
Telefone: 11-3234 3000
Dia: Dia 28 de agosto -
terça-feira - às 19h30
Duração: 120
minutos
Ingressos: Grátis - Retirada de ingressos
na bilheteria com uma hora de antecedência, sujeita a capacidade do
Teatro.
Lotação: 280 lugares.
Acesse www.sescsp.org.br