terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Marta Bellini, retomo a publicação devido à notícia grave trazida pela colega e amiga de Maringá.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

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Na Má-ringa corre a notícia de que o abrigo das mulheres (abrigo municipal) cederá lugar para abrigo de crianças porque aqui na Má-ringa não há problema de violência contra mulher. O Coletivo Feminista está ativando o debate. Mais uma da administração da Má-ringá. 

Jornal Todo Dia, via Jornal da Unicamp

do Blog de Roberto Romano

CAMPINAS
Violência psicológica atinge mais mulheres
Em dez anos, foram 2.541 casos deste tipo contra o sexo feminino, 50% do total de registros no Ceamo
RAONI ZAMBI - CAMPINAS

          Arquivo | TodoDia Imagem
Reunião do Ceamo, de Campinas, que atende mulheres vitimizadas
A violência psicológica contra mulheres em Campinas foi a ocorrência que mais teve registros no Ceamo (Centro de Referência de Apoio à Mulher), ligado à Secretaria de Assistência Social. Em dez anos, foram 2.541 casos, o que representa 50% dos atendimentos. A coordenadora da entidade, Juliana Rodrigues de Sousa Fanelli, relatou que esse tipo de ataque costuma resultar em outros tipos de violência. No total, foram 5.082 atendimentos.
Em segundo lugar vem a violência física, com 1.787 registros, seguida pela violência moral, com 361 ataques. O Ceamo ainda registrou 211 casos de violência patrimonial e 182 ocorrências de violência sexual.
A pesquisadora sobre violência e professora doutora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Áurea Maria Guimarães relatou que a violência psicológica costuma ser “sutil” e causar danos “terríveis”. Ameaças de morte ou de agressão física, ofensas e gritos estão entras os itens que podem ser considerados como ameaça psicológica.
“Em muitos casos, a violência psicológica costuma ser difícil de ser percebida e isso dificulta a tomada de decisões por parte da mulher. A família em muitos casos não entenderia um pedido de separação porque a mulher é agredida verbalmente. No entanto, esse tipo de agressão também causa danos negativos para a vida de uma pessoa “, explicou.
A DDM (Delegacia da Mulher) de Campinas informou que em casos de violência psicológica o recomendado é fazer um BO (Boletim de Ocorrência) e representar no MP (Ministério Público). Muitos casos de ameaça acabam se tornando realidade.
ATENDIMENTO
Juliana explicou que no primeiro atendimento as mulheres vítimas de violência são orientadas a retornar para acompanhamento realizado entre três e quatro vezes por mês, por um período médio de seis meses a dois anos. O Ceamo realiza por mês aproximadamente 150 atendimentos.
A mulher vítima de violência, depois que procura o Ceamo, recebe atendimento psicológico, social e orientação jurídica, com objetivo de romper o ciclo da violência por meio de atendimento individual, familiar ou em grupo. As profissionais do órgão realizam, quando necessário, visitas domiciliares e atendimentos nos diversos espaços da rede, na região onde reside a vítima e quando há qualquer impedimento
LIXO
A promotora de vendas, S.J.A., 32, relatou que se separou por ser vítima de violência psicológica. O ex-companheiro a ameaçava de morte e dizia que ela não prestava para nada. “Em muitos casos a agressão verbal é pior do que apanhar. Quando meu ex-marido dizia que eu não servia para nada, literalmente me sentia um lixo. A minha autoestima ficou muito abalada. Hoje, vivo com meu filho de cinco anos e sou muito feliz”, disse.
A copeira S.M.S., 32, contou que nunca apanhou do marido, mas foi vítima de cárcere privado e de ameaças. “Se a pessoa ameaça de morte, uma hora acaba fazendo. Como dependia do meu ex-marido para muita coisa, não podia tomar uma decisão mais radical. Por muito tempo aguentei um monte de humilhações. Hoje, graças a Deus consegui me libertar”, contou.