Dilma responde à ‘The Economist’ por sugerir demissão de Mantega
‘Nunca vi nenhum jornal propor a queda de um ministro’, disse a presidente; revista britânica publicou texto em que chama economia brasileira de ‘moribunda’
07 de dezembro de 2012 | 16h 19
Lisandra Paraguassu e Tânia Monteiro, da Agência Estado
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira, 6, que não levará em consideração proposta da revista britânica The Economist, de demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, por conta do baixo crescimento da economia.
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"Nós todos aqui somos a favor da liberdade de imprensa. Então não tem
nenhum senão a dizer sobre o direito de qualquer revista ou jornal
falar o que quiser. Só quero me manifestar que em hipótese alguma o
governo brasileiro eleito pelo voto direto vai ser influenciado pela
opinião de uma revista que não seja brasileira", disse Dilma.
Para a presidente, diante da crise gravíssima que o mundo atravessa,
com países tendo taxas de crescimento negativas, escândalos e quebra de
bancos, não é correto esse tipo de atitude. "Eu nunca vi nenhum jornal
propor a queda de um ministro", afirmou. "Nós estamos crescendo a 0,6%
nesse trimestre. Iremos crescer mais no próximo trimestre. Então a
resposta é: de maneira alguma eu levarei em consideração esta, digamos,
sugestão. Não vou levar".
"Vocês não sabem que a situação deles é pior do que a nossa? Pelo
amor de Deus, desde 2008", afirmou. Não temos crise de dívida soberana. A
nossa relação dívida PIB é de 35% e a inflação está sob controle",
comparou a presidente, ao término da reunião de cúpula do Mercosul.