Assistimos, os leigos, às lutas ao redor
da boa definição republicana. De um
canto, alguns nos jogam fora do Estado
e de sua gerência, pois confiam apenas
nas elites, treinadas em economia, leis,
direito. De outro, existem os sonhadores, ou tolos, que asseguram ser a
democracia o império dos leigos, um ideal sublime. Temos aliados na
imprensa, entre promotores e procuradores públicos
(afinal, público também se liga a povo...). Mas eles sempre recebem
insultos
dos sacerdotes jurídicos e econômicos,
quando não dos eclesiásticos, para que
deixem a mania de tudo pesquisar segundo os nossos interesses. Com isso,
seguimos ignorando o nosso papel no
mundo. A nossa única certeza é não
mais confiar nas falas sagradas e "infalíveis" dos que fizeram esta
monstruosidade que aí está, e que eles chamam
"democracia" ou "Estado de Direito",
expulsando o juízo do povo. Por falta de
nossa confiança, tornou-se ingovernável a República. Mas essa é uma
outra
lenda, da qual falaremos um dia. Por enquanto fica o nosso testemunho do
mais profundo respeito pelas vossas figuras jurídicas, apesar da
arrogante
amostra de sacralidade corporativa, evidenciada no vosso último artigo
coletivo.
Para ler o texto na íntegra :