segunda-feira, 23 de março de 2015

Em breve, gente unifomizada, retomará um grito qualquer de violência contra os outros seres humanos. No passado foi Sieg Heil, e Anauê. Qual berro fanático virá depois? Só Deus sabe. Uma coisa eu sei: gente militarizada sem pertencer às Forças Armadas, é coisa do Demo, do Coisa Ruim (todos os nomes foram dados por Guimarães Rosa no Grande Sertão, Veredas. Todo apoio à Umbanda !


Grupo pede ao MPF investigação sobre 'Gladiadores do Altar'

Danielle Villela - O Estado de S. Paulo
23 Março 2015 | 18h 37

Jovens da Igreja Universal marcham uniformizados; adeptos do candomblé e da umbanda protestaram contra intolerância religiosa

RIO - Ao som do atabaque e do louvor em iorubá a Xangô, orixá da Justiça no candomblé, cerca de 150 pessoas protestaram nesta segunda-feira, 23, contra a intolerância religiosa em frente à sede do Ministério Público Federal (MPF), no centro do Rio. Adeptos da umbanda e do candomblé pedem a investigação do grupo Gladiadores do Altar, da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd).
Os organizadores disseram que o protesto aconteceu também em outras 24 capitais do Brasil e está previsto para esta terça em Brasília. “Há um avanço assustador do fundamentalismo religioso”, disse Luiz Fernando Martins, advogado responsável pela petição entregue ao MPF.

Cerca de 150 pessoas protestaram contra a intolerância religiosa em frente à sede do Ministério Público Federal 
Cerca de 150 pessoas protestaram contra a intolerância religiosa em frente à sede do Ministério Público Federal 
Não há provas, no entanto, de nenhuma ação violenta cometida pelos Gladiadores do Altar desde a sua criação em janeiro deste ano. Vídeos publicados na internet mostram jovens uniformizados como militares, marchando e gritando palavras de ordem. De acordo com a Iurd, o grupo é formado por 4.300 jovens de todo o Brasil.

Em nota, a Universal informou que “o projeto Gladiadores do Altar se resume a um programa de ensino religioso totalmente pacífico". "A falsa polêmica é fruto de um lamentável mal entendido da internet, que foi alimentado pelo desconhecimento de muitos e pelo preconceito de alguns. O projeto visa nada mais que a formação de jovens vocacionados para o trabalho pastoral. Não há disciplina militar, não existe atividade física envolvida e jamais houve - nem nunca haverá - incitação à violência ou ódio a qualquer religião”, diz a nota.

O grupo foi recebido pelo procurador da República Jaime Mitropoulos. “Temos que preservar o estado laico e evitar qualquer retrocesso na democracia. Se necessário, tomaremos providências”, disse ele.