domingo, 22 de março de 2015

Jornal Zero Hora, Paulo Germano entrevista Roberto Romano, 21/03/2015. Publico os comentários, porque eles provam que tenho razào. O nível raso de civilidade (me espanta muito, pois guardo uma lembrança dos gaúchos como pessoas polidas, que respeitam os outros seres humanos. É prova de que estamos mesmo na beira de uma quebra maior da sociedade e do Estado. Infelizmente.

"É um erro dizer que a classe média é de direita", diz o filósofo Roberto Romano

Professor de Filosofia e Ética da Unicamp afirma que atual divisão política da sociedade é um perigo para o Brasil

21/03/2015 | 15h02
"É um erro dizer que a classe média é de direita", diz o filósofo Roberto Romano Cláudio Silva/Agência RBS
Foto: Cláudio Silva / Agência RBS
Evidente em qualquer mesa de bar, manifestação de rua ou post no Facebook, a colérica divisão entre "coxinhas" e "petralhas" precisa ser encarada como um perigo para o país. A avaliação é do filósofo Roberto Romano, professor de Ética Política da Unicamp, que nesta entrevista também desconstrói os rótulos impostos aos manifestantes do último dia 15.
Ouvia-se muito que o brasileiro, em comparação aos europeus ou mesmo aos vizinhos da Argentina, era um povo passivo, apático, pouco afeito a protestos. Isso mudou?
Isso é uma inverdade. Desde os inconfidentes mineiros (1789), passando pela Conjuração Baiana (1798) e os posteriores movimentos separatistas no Norte, no Nordeste, no Centro-Oeste e no Sul (no século 19), temos uma tradição de multidões contra o poder central. No século 20, surgem mobilizações de líderes políticos — é o caso de Getúlio Vargas (na década de 1920) —, depois São Paulo tenta romper com a federação (1932), a UNE se mobiliza contra a ditadura varguista (anos 40), o povo defende o mandato de Juscelino nas ruas (anos 50), surgem a Campanha da Legalidade (1961), a Marcha da Família (1964), a Passeata dos Cem Mil (1968), os movimentos pela anistia (anos 70), as Diretas Já (1983), os protestos contra Sarney (anos 80), o Fora Collor (1992). É um equívoco dizer que o brasileiro é desacostumado a manifestações políticas.
Mas, nos governos FHC e Lula, os protestos se atenuaram, não?
Houve protestos de dimensões menores, gritos de "Fora FHC" e "Fora Lula", mas a estabilidade da moeda tende a aplacar as massas. A inflação é um desagregador político muito forte. Depois daquela inflação delirante no período Collor e Sarney, em que a população mal tinha dinheiro para comprar pão no fim do mês, houve um refluxo das massas. Agora, no segundo mandato de Dilma Rousseff, estamos caminhando para uma inflação de 8% ao ano que, somada à alta percepção de corrupção, provoca grande agitação popular. Não existe garantia de estabilidade política com inflação alta. Nos últimos dias do governo Sarney, ele não mandava nem no mordomo do Palácio. A autoridade governamental é corroída.
Não haveria protestos se a inflação estivesse controlada?
É lógico que existem outros motivos para as massas se rebelarem. Quero apenas reforçar que com inflação não se brinca. No livro Massa e Poder, Elias Canetti (ensaísta húngaro, Nobel de Literatura em 1981) afirma que, se a inflação fosse menos violenta na República de Weimar (período da história alemã entre o fim da Primeira Guerra, em 1918, e a ascensão do nazismo, em 1933), quando o índice atingiu quase 1.000% ao dia, com pessoas carregando dinheiro em carrinhos de mão, não teriam morrido milhões nos campos de concentração. Hitler assumiu prometendo acabar com a inflação, cumpriu a promessa e ganhou popularidade para fazer o que bem entendesse.
No Brasil, duas inflações começam a se acumular: a da moeda e a da corrupção. As cifras dos roubos, no período Collor, traziam milhões. Hoje o bilhão é o patamar. A cidadania sente-se humilhada pelas duas inflações. Seu ressentimento pode levar à busca de um salvador, o que é perigoso para as instituições do Estado.
Defensores do governo dizem que os protestos do último dia 15 eram formados por uma "classe média de direita". O senhor concorda?
Em primeiro lugar, as massas podem ser conquistadas por movimentos liberais, populistas, de esquerda ou de direita. Depende de quem está no governo e, por consequência, de quem está na oposição. Veja os exemplos que mencionei na sua primeira pergunta: quase todo tipo de ideologia já esteve por trás de levantes populares no Brasil. E a classe média sempre esteve presente em outros protestos, fossem de direita ou de esquerda. A esquerda universitária, que lutou contra a ditadura, era o quê? Era a classe média. A maioria das pessoas que demoniza a classe média, dizendo que ela é burra ou fascista, está cuspindo para cima — ou seja, na própria cara.
Mas, neste caso específico, havia uma "classe média de direita" à frente dos protestos?
É um sofisma dizer que a classe média é de direita. Também me parece falso afirmar que o trabalhador é de esquerda. Essas divisões baseadas em ideologia, não em análise científica, são sempre fadadas ao desastre. A massa, por excelência, é sempre fluida. Não é possível encontrar nela a consistência que se percebe em um partido político ou em uma igreja. Os institutos de pesquisa podem ter desenhado algumas linhas sobre o perfil dos manifestantes, mas a totalidade da massa é incognoscível.
Gostaria de saber, por exemplo, quantos daqueles manifestantes já votaram no PT — não na última eleição, mas em pleitos anteriores. Tenho amigos que ajudaram a eleger Lula, mas, desta vez, votaram em Aécio Neves e foram às ruas se manifestar. Eles agora são de direita porque têm restrições ao PT?
Por outro lado, é inegável que a extrema-direita, com pautas conservadoras e contrárias às minorias, se fortaleceu no Congresso em meio à onda antipetista.
Evidente que sim. Porque há uma força de centro-esquerda, o PSDB, e outra mais à esquerda, o PT, se digladiando e se boicotando reciprocamente desde que FHC assumiu a Presidência. Se um jovem procurar o PSDB, ouvirá que os petistas são todos corruptos autoritários e analfabetos. Se ele procurar o PT, ouvirá que os tucanos são todos privatistas neoliberais. Enquanto essas forças políticas — que lutaram juntas contra a ditadura, mas hoje preferem governar com Sarney e Collor em vez de se aliarem — trabalham para se destruírem, o que ocorre? Aquele jovem vai buscar outra opção, e a direita vem se cacifando como alternativa. Se não há diálogo entre setores da esquerda, como se pode exigir diálogo e tolerância de outros segmentos políticos?
Quais são os riscos dessa fúria entre dilmistas e antidilmistas?
Quando a sociedade atinge esse nível de divisão, quando ela é claramente dividida em dois, o primeiro reflexo é o princípio da autoridade se esfarelar. Porque uma das partes sempre dirá que a autoridade fala em nome da outra parte, e não em nome de todos. Isso ficou evidente nas Guerras de Religião, que praticamente inviabilizaram o Estado francês no século 17: se a pessoa fosse protestante, não poderia aceitar um rei católico, e vice-versa. No Brasil, os panelaços já ilustram esse desdém à autoridade, que nem sequer é ouvida. Quando você deixa de obedecer a autoridade porque considera sua própria consciência mais importante, você acaba com a possibilidade de o outro existir.
Parece o cenário de um golpe...
Olha, quando há uma divisão maniqueísta entre pessoas que só confiam na própria doutrina, ideia, igreja ou partido, deixando de lado a tolerância, a prudência e até a democracia, não é absurdo pensar em enfrentamento civil. Um dos dogmas mais tolos que se espalhou pelo Brasil é o de que nunca mais haverá um golpe de Estado. A Constituição prevê como função das Forças Armadas a garantia da ordem interna do país. Os militares perderam poder político nos últimos anos, mas, se a crise avançar para uma rebeldia civil, caberá a eles intervir. E a desculpa para todos os golpes até hoje foi justamente a anarquia da sociedade, a corrupção e a subversão. Um golpe de Estado seria uma tragédia, mas, infelizmente, não é impossível.
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    Qualquer semelhança...
    O analista político Ben Shapiro, autor do Bullies: How the Left’s Culture of Fear and Intimidation Silences America, explica a tática ofensiva que a esquerda americana utilizou para ocupar todo o espaço público, justamente dizendo que todo o espaço público é dominado pelo inimigo (“a classe média é reacionária, a mídia é golpista, a oposição é direitista” e até – horresco referens – que essa classe média que não vota em partidos amigos das FARC é “terrorista”):
    O objetivo da esquerda é encerrar o debate político, depreciando seus adversários como algozes. Eles rotulam os seus adversários como racistas, sexistas, homofóbicos, intolerantes, ignorantes, teimosos amargos. Eles os comparam aos nazistas, membros da KKK, terroristas (!). Em seguida, eles os expulsam como leprosos do debate político. Porque quem se importaria em debater com um nazista, ou com um membro da KKK, ou com um terrorista?

    É assim que a esquerda ganha argumentos. Eles polarizam os americanos uns dos outros. Eles nos separam por grupos. Eles nos dividem e eles nos conquistam. Eles nos convencem de que somos ou vítimas que merecem recompensa, ou opressores que devem se curvar ao jugo.
    Ao debatedor com razão, mas desconhecedor de técnicas de retórica e lavagem cerebral apregoadas desabridamente em literatura ideológica, resta o tempo todo ter de se explicar para a platéia que não é um fascista, ou racista, ou apoiador de ditaduras, um espancador de mulheres. Por mais que o outro lado, justamente, seja exatamente isso – a platéia não entenderia que alguém gaguejando amuado no canto após uma chuva de impropérios, ou então apelando para xingamentos desprovidos de carga ideológica após perder a paciência, esteja com mais razão do que um agradável odiador de seres humanos.
    Desprovido o adversário de uma posição inicial confortável para expor argumentos, sem gastar tempo tendo de se justificar perante os preconceitos de que está sendo alvo, resta tão somente o teste de sentimentos, em que a platéia apenas julga se aquela pessoa faz parte do seu grupo ou é inimiga. É a animalização da linguagem (não confundir com a zoomorfização) que René Girard encontrou como ato inicial da sociedade humana: encontrar um inimigo como bode expiatório e, através da inculcação de um ódio completo a este “inimigo” como causador de todos os nossos males, iniciar um grupinho, embora não tenhamos nada a compartilhar, a não ser ódio pelo adversário.
    É exatamente por esta razão que a esquerda atingiu o patamar de dominação integral que está quase alcançando no mundo, hoje.
    Edit: Fonte: Trecho de Marilena Chaui e o grito primordial: “Eu ODEIO a classe média!” de Flávio Morgenstern
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      Sou seu fã Peter; e depois desse comentário, fora do family guy também. Ps: Já tinha lido outro comentário seu e achado genial. Parabéns pela argumentação, você é o cara
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      O cupincha que citas se refere a esquerda americana... Esquerda americana? Não votar no Partido Republicano nos EUA, com seus mentecaptos Sarah Palin ou George Bush é ser de esquerda... Mais fácil que peidar dormindo. Quero ver ser de esquerda aqui na América Latina, tomar no forévis no pau de arara e viajar nos vôos da morte. Tu dever ser um doente mental, para "denunciar" os métodos da esquerda americana e querer fazer alguma ilação disto com o Brasil. Acorda debilóide, aqui é terceiro mundo. Aqui tudo é mais elementar. aqui não temos luta de classes, temos luta de castas. Esta tua conversa glosada que a esquerda divide para conquistar é mais velho que as jararacas, meu chapa. Quer dizer então que a esquerda divide! A direita por acaso unifica? Quem sempre apostou na segregação entre brancos e negros, promoveu a escravidão e o holocausto, dizimou os indígenas, explorou as colônias, discriminou os gays... Foi a esquerda, com seu discurso de igualdade? Mermão, isto aqui é uma democracia, portanto merdas como a tua até são bem vindas.Mas, por favor, se dê ao respeito!
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        Cumprimentos,Daniel! A melhor resposta a comentários, que já li.
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        Porque achas que eu comecei com "Qualquer semelhança..."? Ou seja, por incrível que pareça há um autor que descreve a esquerda americana que bate com o comportamento daqui, também tema da notícia em questão. E se trata de apenas um exemplo pois existem diversas outras fontes que descrevem as mesmas práticas esquerdistas, incluindo as próprias ideologias. Tudo o que está ali é visto aqui todos os dias, mas você quer desmerecer só pelo rótulo, no caso, por ser uma comparação com a esquerda americana.
        Me dei o trabalho de pegar alguns exemplos:
        De comentários da notícia: Dilma participa de atos do MST em assentamentos em Eldorado do Sul

        Cleisson para Alane Silva um dia atrás
        É muita maldade mesmo Alane. Eles odeiam o pobre! Mas não podemos nos calar!!!

        Clarice Galhardi um dia atrás
        claro, eles odeiam o pobre, porque, afinal, quem vai cozinhar pra eles? limpar sua casa, seu carro, suas roupas? quem vai serví-los nos restaurantes gourmet? acender seus cigarros? quem, afinal, vai fazer a comidinha pra coxada comer todos os dias?

        "Não consigo compreender esse ódio ao PT. Parece que é ódio de classe. As pessoas se incomodam porque as pessoas mais humildes estão viajando até para Bariloche. Eles achavam que a gente só tinha direito de comer pé e pescoço de frango." Lula
        Além de que você mesmo está servindo de exemplo para as práticas descritas. Ou seja, só porque sou crítico a essa prática tão presente nas discussões e utilizada por pessoas que se autodenominam de esquerda você já me rotula como direitista. Se o indivíduo critica o PT é tucano. Me chamaram assim ainda ontem. E assim vai... Só que não, ninguém é necessariamente obrigado a estar preso a algum tipo de ideologia ou partido como muitos estão. E claro que sempre é um crime usar como referência qualquer coisa procedente dos EUA. Sem falar ainda na sua falta de respeito e educação ao se referir a alguém que não pensa da mesma forma como "doente mental", "debilóide" e "merdas como a tua".
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          comecei com ...?
          A maior parte do teu texto (para não dizer todo) foi copiado e colado da internet. Quem duvidar do que digo que selecione qualquer parte do teu texto e coloque no google.
          Não é uma atitude honesta para alguém que critica a desonestidade de um partido.
          Deixo claro que sou anti-petista porem certas coisas devem ser esclarecidas.
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            Eu que adicionei o "Qualquer semelhança..." fazendo ligação com o assunto da notícia e eu mesmo ainda ontem disse que o texto não era meu. Leia os demais comentários ao invés de já chegar atirando pedras.
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              Não estou atirando pedras, conheço pessoalmente o Olavo de Carvalho desde a época em que ainda morava no Brasil.
              Ja li diversos livros e artigos indicados por ele, somente fiz menção a não haver a citação de onde vieram os textos para que outros pudessem ler.
              Vi nos comentarios abaixo que tu direcionou as pessoas para que os encontre.
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        Partiu para o ataque. Típico de petralha ignorante. Estuda porra.
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        O texto foi copiado e colado da internet.
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      Puxa, vou processar meu professor de História que falou que o comunismo tinha acabado em 1989. Obrigado por me abrir os olhos, inefável guru...
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      Seria interessante saber o que você faz, se você não se importar de dizer. És cientista político, filósofo, professor universitário ou apenas um homem bastante lógico que se interessa pelo assunto?
      Abraços
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        Sou apenas curioso mesmo, questiono do porque disso ou daquilo, pesquiso e leio algumas coisas a respeito. Escrever ajuda a desenvolver as ideias. Mas valeu! É sempre bom ver que o conteúdo também seja útil para outras pessoas. Elogios são raros por aqui, agora ofensas é o que não faltam.
        Tenha um ótimo final de semana!
        Abraço
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      Pois é, temos que evitar não fazer o mesmo jogo. Como tu não és de ontem deves te lembrar da ditadura: Brasil, ame-o ou deixe-o. Ou se era colaborador do regime ou subversivo. A esquerda perdeu grandes oportunidades, mais ainda continua esquerda, embora tenha se deixado levar por desvarios.
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    Excelente entrevista ... Isso é jornalismo !!! Parabéns à ZH: continuem com essa linha editorial ( mais matérias como a de hoje, do Minha Casa Minha Vida, e como a que foi feita durante a semana com os professores de taxistas ).
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    Bah... Agora sim vai aparecer "trocentos" experts e pensadores da política tupiniquim para esclarecer o que é direita e o que é esquerda. Tipo aqueles que dizem: "Vai ler alguma coisa!", "Vai estudar!"... kkkkkkkk
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    Nã.. erro não é, os esquerdopatas estão fazendo um favor empurrando toda a esquerda moderada (VÁRIAS famílias da classe média...) para a direita, estão irritando seus pares com esses discursos idiotas, eu, se houvesse uma forma de medir, seria muito mais esquerda. Mas agora, estou é pegando nojo desse povo e revendo meus conceitos. Parabéns pros esquerdopatas que vão conseguir enviar o país inteiro para um lado só.
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      Se tu vai para a direita por causa do discurso da esquerda, mesmo sendo esquerda, de esquerda tu és? Se és de esquerda e não concordas com a esquerda, busca a reforma, não a traição, por que se não lastimas a ti mesmo.
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    E aquela filosofa roxa cascuda,a Chauin que odeia a classe média e que recebe 32 mil mensais do governo a que classe pertence? Esquerda e direita se confundem na hora de assaltar o erário,aí um apedreja o outro...é muito engraçado viver tanta hipocrisia,pior,pessoas cultas totalmente idiotizadas vivendo como amebas enroladinhas em intestinos à quem chamam de PATRÃO......então tá!
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    Abordagem sempre moderada do professor, sobre o sectarismo que toma conta das redes sociais e que deve ser expurgado, sob pena de se voltar todos contra todos.
    O Filosofo entrevistado é um expoente da ética em nosso pais. São suas as palavras:
    "É tempo de mudar a visão da praça. É tempo de saudar a democracia, apesar dos seus percalços. É tempo de recusar regimes plebiscitários que reduzem a praça ao monossilábico “sim”, ou “não”. É tempo de iniciar o diálogo democrático." Roberto 
    Romano.
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    Tem muitos que demonizam a direita para enricarem na esquerda!
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    Teorias à parte, é inegável que a nossa "nobre" classe política, em todos os níveis e partidos, está levando a população ao total descrédito nos poderes legislativo e executivo. Depois desse breve período democrático de apenas 30 anos, já antevemos o fim da dita Nova República. O que vem por aí só Deus sabe. Mas uma coisa é certa: a mesma classe política que incendiou o país na década de 60 (direita e esquerda), e que deu causa ao golpe de estado, está acendendo a fagulha do ódio entre irmãos novamente. Isso vale para todos os políticos, para todos os partidos. Com raras exceções, os caras só querem se locupletar nos cargos eletivos, inflando seus próprios salários e tendo benesses que a maioria do povo trabalhador não tem. Legislam em causa própria e não respeitam o voto de quem os elegeu.
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    Essa é mais uma das tantas simplificações tão costumeiramente usadas pelos petistas desde sempre! Conheço uma máxima que é difícil de ser rebatida: "para a esquerda se tornar direita, basta subir ao poder".
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    acho que antes e mais do que tudo tem que considerar que no BR NÃO EXISTEM EFETIVAMENTE PARTIDOS POLÍTICOS - as siglas de amontoados de falcatruas tem seus "membros" permeando continuada, incessantemente e descaradamente entre os extremos de acordo com o que mais lhes convém para o bolso, para a vantagem e para a truculência...só os incautos que se influenciam pelos falcatrueiros com as arapucas montadas pela politicalha e pela mídia e pelo desconhecimento do que ocorre fora dos muros da republiqueta das bananas, que em muitos casos os cargos NÃO PERTENCEM à politicalha, mas sim a efetivos partidos políticos - com estatuto e regimento baseados em suas ideologias e seu não cumprimento pelos seus filiados é passível de expulsão e permanência no "limbo" por longo período - não pode se filiar por um bom tempo em outro partido... vejam os democratas e republicanos nos USA, vejam os países europeus....e quem recebe os salários são os partidos.....
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    Muito lúcido, parabéns. É sempre bom contar com estas ilhas de pensamento descomprometido de vez em quando.
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    Ótima análise. Mas o Zero Hora (e o grupo Globo) deveriam chamar o Olavo de Carvalho. Em todos os protestos havia cartazes com os dizeres: "Olavo tem Razão". E não saiu uma linha sobre isso na grande mídia. Até o Leonardo Boff foi entrevistado ontem na Globo News.
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    Acho interessabte que timem cinhecimento deste assunto,pois hoje todos falam o que sabem e o que não savem ,o que na realidade o que querem é falar,recomendo a leitura,gil
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    NÓS TEMOS QUE REPENSAR OS POLÍTICOS QUE TEMOS. PARTIDOS SÃO APENAS FÓRMULAS DE NOS ENGANAREM. OS MECANISMOS DE PUNIÇÃO PARA OS AGENTES PÚBLICOS. VEJAM QUE O CONGRESSO SÓ APROVA LEIS QUE PUNAM POBRES.
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    Parei no PSDB de centro-esquerda.
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    NÓS É QUE SOMOS BABACAS ACREDITARMOS NESSA CORJA DE LADRÕES E AINDA SOMOS DIVIDIDOS POR ELES ENTRE ESQUERDA E DIREITA, BRANCOS E NEGROS, CLASSES POBRES E MEDIAS, COMO É QUE NÓS VAMOS ACREDITAR EL LADRAS E LADRÕES? SE LIGUEM!
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    Mas este discurso de que quem é contra o PT é de direita....é elite..,é PSDB. ...É papinho de petista esquizofrênico. ...babaca...