domingo, 1 de março de 2015

J. R. Guedes de Oliveira


                 MADURO – OU ESTÁ VERDE OU JÁ APODRECEU

                                                                                      J. R. Guedes de Oliveira

          A Venezuela vive, hoje, um dos seus maiores retrocessos democráticos, pelas medidas arbitrárias e tresloucadas do seu mandatário Nicolás Maduro que, ao nosso ver, ou está muito verde e não granado, ou já passou de maduro e apodreceu. Ficamos, pois, com a segunda hipótese.
          A prisão do Governador de Caracas Antonio Ledezma, invasão de sedes de partidos políticos, prisão de opositores, demonstra que ressuscitaram a SS Alemã e deram força a Gestapo (fazendo um paralelo pela ação devastadora contra a democracia).
          O sucessor de Chavez está sendo, na verdade, um homem descompromissado com a Venezuela e seu povo. À ferro e fogo, criando milícias e incentivando a luta contra todos que sabem e vivenciam os caminhos do retrocesso perdurado pelo seu mandatário, há um perigo eminente de eclodir uma catástrofe interna, sanguinária e com consequências drásticas para o nosso hemisfério.
         Repudiamos, veementemente, a facínora condução de um governo instável, sem capacidade de diálogo, sem qualquer esperança de melhores dias ao povo venezuelano. É bom que saibamos que dia após dia, está finalizando o governo de Maduro (que já apodreceu).
         O que importa, para nós brasileiros, é exigir respeito, até porque as nossas instituições democráticas precisam e devem ser revigoradas, sob pena de um novo holocausto, tal qual vivenciamos nos idos de 64.
         A mandatária brasileira que é quem tem poder de abrir os olhos pelo desrespeito que se vê, precisa sacudir as suas entranhas; dissolver as amarras de um partido que, também, age com alguma e tamanha petulância.
         O barco pode afundar. Levarão, dentro deles, todos nós. Creiam. Portanto, é preciso que sai do “muro” e dê o seu descontentamento à público, que é a voz do povo brasileiro. Gritar e espernear; dar uma lição de grandeza que um dirigente do nosso país deve e precisa ter. Não ficar, assim de apenas dizer que as coisas internas da Venezuela são de sua autodeterminação. É preciso ver e sentir que há um conflito; há um retrocesso; há um dirigente que manipula tudo e, pior ainda, manda prender os que desejam uma Venezuela livre e próspera.
         Cruzar os braços, dizendo que não sabe de nada ou não deseja interferir, é aceitar a nova SS ou Gestapo que a milícia do governo despótico da Venezuela se sustenta num país que se aproxima de um abismo.
         J. R. Guedes de Oliveira -  ensaísta, biógrafo e historiador
         E-mail: guedes.idt@terra.com.br