MADURO – OU ESTÁ
VERDE OU JÁ APODRECEU
J. R. Guedes de Oliveira
A Venezuela vive, hoje,
um dos seus maiores retrocessos democráticos, pelas medidas arbitrárias e
tresloucadas do seu mandatário Nicolás Maduro que, ao nosso ver, ou está muito
verde e não granado, ou já passou de maduro e apodreceu. Ficamos, pois, com a
segunda hipótese.
A prisão do Governador
de Caracas Antonio Ledezma, invasão de sedes de partidos políticos, prisão de
opositores, demonstra que ressuscitaram a SS Alemã e deram força a Gestapo
(fazendo um paralelo pela ação devastadora contra a democracia).
O sucessor de Chavez
está sendo, na verdade, um homem descompromissado com a Venezuela e seu povo. À
ferro e fogo, criando milícias e incentivando a luta contra todos que sabem e
vivenciam os caminhos do retrocesso perdurado pelo seu mandatário, há um perigo
eminente de eclodir uma catástrofe interna, sanguinária e com consequências
drásticas para o nosso hemisfério.
Repudiamos,
veementemente, a facínora condução de um governo instável, sem capacidade de
diálogo, sem qualquer esperança de melhores dias ao povo venezuelano. É bom que
saibamos que dia após dia, está finalizando o governo de Maduro (que já
apodreceu).
O que importa, para nós
brasileiros, é exigir respeito, até porque as nossas instituições democráticas
precisam e devem ser revigoradas, sob pena de um novo holocausto, tal qual
vivenciamos nos idos de 64.
A mandatária brasileira
que é quem tem poder de abrir os olhos pelo desrespeito que se vê, precisa
sacudir as suas entranhas; dissolver as amarras de um partido que, também, age
com alguma e tamanha petulância.
O barco pode afundar.
Levarão, dentro deles, todos nós. Creiam. Portanto, é preciso que sai do “muro”
e dê o seu descontentamento à público, que é a voz do povo brasileiro. Gritar e
espernear; dar uma lição de grandeza que um dirigente do nosso país deve e
precisa ter. Não ficar, assim de apenas dizer que as coisas internas da
Venezuela são de sua autodeterminação. É preciso ver e sentir que há um
conflito; há um retrocesso; há um dirigente que manipula tudo e, pior ainda,
manda prender os que desejam uma Venezuela livre e próspera.
Cruzar os braços, dizendo
que não sabe de nada ou não deseja interferir, é aceitar a nova SS ou Gestapo
que a milícia do governo despótico da Venezuela se sustenta num país que se
aproxima de um abismo.
J. R. Guedes de Oliveira
- ensaísta, biógrafo e historiador
E-mail: guedes.idt@terra.com.br