Especialistas dizem que voto religioso não decide eleições
Religiões não têm ‘poder tão grande em SP’ e não prejudicam Haddad
SÃO PAULO - Apesar da preocupação de setores do PT com as reações às
declarações do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto
Carvalho, especialistas enxergam com desconfiança o poder do voto
evangélico no resultado das eleições.
- É um voto importante, mas não é decisivo. Assim como não se deve confundir a massa dos católicos com os políticos católicos, a mesma regra deve funcionar também para os evangélicos - afirma o professor de filosofia da Unicamp e autor do livro “Brasil, Igreja contra Estado”, Roberto Romano, avaliando que os líderes evangélicos vendem um poder que, na prática, não têm.
O professor da Unicamp acha que os evangélicos usam as críticas para terem atendidos os seus pleitos junto ao governo, numa reedição da política do “toma lá, dá cá”. Ele diz que a presidente Dilma deveria deixar claro aos líderes evangélicos que os temas defendidos pelo segmento não são questão de Estado.
Líderes e parlamentares da bancada evangélica têm declarado que vão tentar impedir a eleição do ex-ministro da Educação Fernando Haddad a prefeito de São Paulo por causa do que kit anti-homofobia que a pasta pretendia distribuir nas escolas. O cientista político Cesar Romero Jacob, autor do “Atlas da Filiação Religiosa”, não acredita que o episódio possa influir na eleição.
- Pelos estudos que fiz, o fato de PT e PSDB serem mais estruturados em São Paulo faz com as religiões acabem não tendo um poder tão grande.
- É um voto importante, mas não é decisivo. Assim como não se deve confundir a massa dos católicos com os políticos católicos, a mesma regra deve funcionar também para os evangélicos - afirma o professor de filosofia da Unicamp e autor do livro “Brasil, Igreja contra Estado”, Roberto Romano, avaliando que os líderes evangélicos vendem um poder que, na prática, não têm.
O professor da Unicamp acha que os evangélicos usam as críticas para terem atendidos os seus pleitos junto ao governo, numa reedição da política do “toma lá, dá cá”. Ele diz que a presidente Dilma deveria deixar claro aos líderes evangélicos que os temas defendidos pelo segmento não são questão de Estado.
Líderes e parlamentares da bancada evangélica têm declarado que vão tentar impedir a eleição do ex-ministro da Educação Fernando Haddad a prefeito de São Paulo por causa do que kit anti-homofobia que a pasta pretendia distribuir nas escolas. O cientista político Cesar Romero Jacob, autor do “Atlas da Filiação Religiosa”, não acredita que o episódio possa influir na eleição.
- Pelos estudos que fiz, o fato de PT e PSDB serem mais estruturados em São Paulo faz com as religiões acabem não tendo um poder tão grande.
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