"O discurso capitalista, efetivamente, não promove a ocorrência de laços sociais
entre os seres humanos: ele propõe ao sujeito a relação com um gadget,
um objeto de consumo curto e rápido. Nesse sentido, o discurso
capitalista promove tanto um autismo induzido quanto um
expuxo-ao-onanismo, uma vez que não só realiza a economia do desejo do
Outro, como também estimula a ilusão de completude não mais com a
constituição de um par, e sim com um parceiro conectável e desconectável
ao alcance da mão. Obviamente, isso pode levar à decepção, à tristeza,
ao tédio e à nostalgia do Um em vão prometido..." - (Antônio Quinet em
"Psicanálise e Psiquiatria: controvérsias e convergências.Rio de
Janeiro: Rios Ambiciosos, 2001, p.17).