Leia-se!
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Seria
suportável a vida, com suas desilusões e desventuras, se a Loucura não
suprisse as pessoas de um ímpeto irracional e incoerente? Não é mérito
da Loucura haver no mundo laços de amizade que nos liguem a seres
imperfeitos e defeituosos? Nas entrelinhas de Elogios da Loucura, o
humanista Erasmo critica todos os racionalistas e escolásticos ortodoxos
que punham o homem a serviço da razão (e não o contrário) e estende um
véu de compaixão por sobre a natureza humana.
Pois
a Loucura está em toda parte, e todos se identificarão com algum tipo
de loucos contemplados pelo autor. Afinal, como ele próprio diz: “Está
escrito no primeiro capítulo de Eclesiastes: O número de loucos é
infinito. Ora, esse número infinito compreende todos os homens, com
exceção de uns poucos, e duvido que alguma vez se tenha visto esses
poucos”.Coleção L&PM Pocket, Vol. 278, tradução de Paulo Neves, julho de 2007.
Portanto, amigo, se você está rasgando merda ou comendo dinheiro (e vice-versa), fique tranquilo. Nem tudo está perdido. Solda