Crateras de asteroides podem esconder vida em Marte, indica pesquisa
Sob os locais de impacto seriam criados refúgios para organismos contra mudanças climáticas
16 de abril de 2012 | 17h 24
Universidade de Edimburgo/Divulgação
Falhas em rochas subterrâneas permitiriam que água e nutrientes criassem vida nas profundezas
Os cientistas acreditam que tais locais podem abrigar micróbios,
sugerindo que crateras em outros planetas também podem "esconder vida".
Eles afirmam que foram descobertos organismos vivos sob o local onde um asteroide caiu na Terra há cerca de 35 milhões de anos.
Os pesquisadores escavaram por quase 2 km de profundidade sob a
cratera de um grande asteroide que caiu em Chesapeake, Califórnia, EUA.
Amostras subterrâneas mostram que os micróbios estavam espalhados, de
forma desigual, sob a pedra, sugerindo que o meio-ambiente estaria
ainda se adaptando ao evento, mesmo 35 milhões de anos após o impacto.
Os pesquisadores dizem que o calor do impacto de uma colisão de
asteroide mataria qualquer vida na superfície, mas falhas em rochas
subterrâneas permitiriam que água e nutrientes chegassem até as
profundezas, possibilitando a vida.
Segundo a tese dos cientistas, as crateras proporcionariam um refúgio
aos micróbios, protegendo-os dos efeitos de mudanças climáticas, como
aquecimentos globais e eras glaciais.
"As áreas profundamente fraturadas ao redor do local onde ocorreram
os impactos poderiam proporcionar um refúgio seguro no qual os micróbios
prosperariam por longos períodos de tempo" disse Charles Cockell, da
equipe de pesquisadores.
"Nossas descobertas sugerem que a o subterrâneo das crateras de Marte
podem ser um local promissor para se procurar por evidência de vida",
completa.
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