quinta-feira, 19 de março de 2009

No It's abouth Nothing, mais do Senatório Federal.

Quinta-feira, 19 de Março de 2009

Senado tem diretoria de ata e até uma que funciona em garagem

Maria Lima
O Globo
BRASÍLIA - Com a revelação de que o Senado tem 181 diretores e que o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), pretende cortar 50% desses cargos, descobriu-se, por exemplo, que existem diretorias de Centro de Altos Estudos da Consultoria, de Ata, de Subsecretaria de Pessoal Inativo, de Subsecretaria de Contratações Diretas, de Coordenação de Rádio em Ondas Curtas, de Coordenação de Visitação, de Anais e por aí vai. Há uma diretoria que funciona no aeroporto e outra, numa garagem. ( O que você achou da decisão de Sarney de afastar os diretores? )
(
Áudio: Sarney diz que pretende cortar em 50% os diretores do Senado )
BRASÍLIA - Com a revelação de que o Senado tem 181 diretores e que o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), pretende cortar 50% desses cargos, descobriu-se, por exemplo, que existem diretorias de Centro de Altos Estudos da Consultoria, de Ata, de Subsecretaria de Pessoal Inativo, de Subsecretaria de Contratações Diretas, de Coordenação de Rádio em Ondas Curtas, de Coordenação de Visitação, de Anais e por aí vai. Há uma diretoria que funciona no aeroporto e outra, numa garagem. ( O que você achou da decisão de Sarney de afastar os diretores? )
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Áudio: Sarney diz que pretende cortar em 50% os diretores do Senado )
Com uma diretoria geral e vários outros órgãos correlatos, o Senado precisa de uma Diretoria de Apoio Aeroportuário? Pois ela existe, com um diretor e sete funcionários, e nem no prédio do Senado funciona. O chefe e seu staff dão expediente numa sala do Aeroporto JK, em Brasília. Por volta das 15h desta quarta, o diretor, Francisco Carlos, estava em horário de almoço.
- Trabalhamos mais quando os senadores chegam a Brasília ou vão embora, no início e no fim da semana. Mas atendemos também prefeitos, governadores e outras autoridades. Não posso falar mais nada. A ordem é que só a diretoria geral fala - disse o servidor Farias, que não quis dar o nome completo.
Para se ter uma ideia do descontrole e do aumento exagerado do número de diretorias, desde 2003 a jornalista Tânia Mara Fusco foi nomeada diretora da Subsecretaria de Divulgação e Integração. Recebe pela função do Senado, mas é assessora de imprensa de Roseana Sarney (PMDB-MA). Antes, assessorava Sarney. Na diretoria, Tânia tem duas assessoras, que transferem suas ligações para o ramal do gabinete da senadora. Tânia diz que é diretora desde 2003 e que sempre acumulou a função com a assessoria de Sarney - depois, de Roseana. Diz que o trabalho com Roseana exige no máximo quatro horas de seu dia. Como diretora, diz que atua fazendo a ponte entre artistas com a presidência da Casa:
- Não faço nada escondido. Sou contratada como diretora, mas ajudo qualquer senador que pede ajuda. Só recebo da minha função como diretora.
A Diretoria de Anais virou motivo de piadas. O diretor Flavio Cunha Lima e um time de assessores cuidam da publicação dos discursos dos senadores.
- Diretoria de Anais? Hahahaha! Tem que rir para não chorar - reagiu Álvaro Dias (PSDB-PR).
Na Diretoria da Subsecretaria de Inativos, a diretora Maria de Fátima Marques tem chefe de gabinete, secretária e mais 25 funcionários à disposição. E o que a diretoria faz diariamente?
- Aqui a gente faz recadastramento dos aposentados. Quando o funcionário se aposenta, mandam para cá seus documentos - diz a funcionária Rita. Discussão sobre MPs
Sarney aproveitou a solenidade para falar também sobre o tramite das Medidas Provisórias (MPs) que trancam a pauta do Congresso. Ele admitiu que esteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para discutir o assunto. Na terça-feira,
Temer anunciou que, numa nova interpretação da Constituição, as MPs podem não mais trancar a pauta. Mas isto ainda depende de uma posição do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Sarney, os três reconheceram que o modelo de governar com MPs está esgotado e que há uma preocupação para que não haja confronto entre o Legislativo e o Executivo. Mas Sarney não quis comentar a interpretação anunciada por Temer.

Esse é o 'Çenado'! Com Sarney (que está dando as cartas mais de 40 anos), Renan Calheiros, Jader Barbalho e Collor de Mello. Tudo sob a batuta de Lula e do petismo. Enquanto isso somos tributados e taxados de maneira avassaladora para sustentar o modo de vida desses senhores, corrupção e roubo descarados.