Uma história de amoralidade
(Giulio Sanmartini) Ontem publiquei aqui a notícia de mais um escândalo entre o entre o incrível número dos que emanam do poder público, permanecendo vergonhosamente impuníveis. Estou me referindo àquele do ministro que tem suas passagens aéreas pagas pela Câmara dos Deputados, mas que são usadas por pessoas de sua quadrilha, digo, família. Dentre estes tem “lugar de honra” o economista Reinhold Stephanes (foto), da Agricultura
Disse o ministro na quinta feira (16), que não há previsão de devolução de saldo de passagens aéreas por parlamentares e, por isso, não é ilegal as viagens que foram feitas por ele, por seus familiares e servidores de seu gabinete com a verba da Câmara dos Deputados. Stephanes disse que as novas instruções que serão baixadas pela Câmara dos Deputados vão permitir a continuidade dessa prática, o que indica que ele não cometeu um erro.
Ele alegou que usou o saldo de sua cota depois que deixou a Câmara para ocupar o ministério da Agricultura no deslocamento de familiares e servidores do gabinete para atividades parlamentares, o que é permitido pela Câmara. O ministro afirmou que não vai devolver o dinheiro gasto com as passagens. "Não vejo razões nem legais, nem éticas porque isso está sendo permitido nas novas instruções que estão sendo baixadas", reiterou.
O ministro afirmou que não tem mais saldo de passagem e finalizou: "Confesso que não imaginava que isso fosse dar problema. É tão pouco. Eu jamais teria praticado algo que pudesse ofender à sociedade".