INVESTIMENTOS
Ampliação da Unicamp atrai 3 gigantes da alta tecnologia
Estado pretende desapropriar área vizinha à universidade e grupos mostram interesse em parcerias
29/11/2012 - 08h46
| Maria Teresa Costa
teresa@rac.com.br
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Foto: Cedoc/RAC.
Vista geral do Polo de Alta Tecnologia de
Campinas, o Ciatec 2: universidade vai dispor de R$ 150 milhões para
aquisição de terras na área
O governo do Estado deverá desapropriar uma área de 1,43
milhão de metros quadrados ao lado da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), dentro do Polo de Alta Tecnologia de Campinas, o Ciatec 2,
para a expansão do campus de Barão Geraldo. Pelo menos três grandes
empresas estão esperando essa decisão, com interesse em instalar na área
laboratórios de pesquisas. A Samsung, a Chevron e a Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) planejam desenvolver pesquisas em
parceria com a universidade, na área que terá uma parte dedicada à
ampliação do seu parque científico.
A Samsung quer desenvolver tecnologia em telefonia e outros equipamentos; a Chevron quer aproveitar o conhecimento da Unicamp na área de petróleo, mas especificamente em prospecção, e a Embrapa quer fazer pesquisas para desenvolver sementes resistentes a altas temperaturas, visando ter produtos adaptados às mudanças climáticas. O assessor da reitoria, Paulo Rodrigues da Silva, disse ontem que a universidade decidiu não comprar a área, mas solicitar ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) que faça a desapropriação. Os recursos para o pagamento sairão da Unicamp, que já obteve a autorização do Conselho Universitário para dispor de R$ 150 milhões para a aquisição das terras. “Decidimos pagar segundo as normas estabelecidas na desapropriação”, afirmou.
O prefeito eleito Jonas Donizette (PSB) está intermediando a negociação entre Unicamp e governo do Estado. “Tenho todo o interesse na ampliação do parque científico da Unicamp e na atração de centros de pesquisa de grandes empresas”, afirmou o prefeito eleito.
A área integra a Fazenda Argentina, de propriedade da empresa Heliomar S.A., tem entre os sócios José Pires de Oliveira Dias Neto, vice-presidente da rede Drogasil, e seu irmão Carlos Pires Oliveira Dias, presidente da rede de farmácias e vice-presidente do conselho de administração do Grupo Camargo Corrêa. É a mesma terra que o Itaú-Unibanco negociava para instalar, em Campinas, o Centro Tecnológico de Operações (CTO) do banco, um investimento de R$ 1 bilhão que a cidade perdeu para Mogi Mirim. Oficialmente, o banco teria optado por aquela cidade após análise da infraestrutura disponível, como área, capacidade de suprir a demanda de energia, água e telecomunicações, além da localização. Mas o que pesou na decisão foram as exigências ambientais e principalmente a insegurança jurídica que se instalou em Campinas com a cassação dos prefeitos Hélio de Oliveira Santos (PDT) e Demétrio Vilagra (PT).
O dinheiro que está disponível para a aquisição da área é de uma reserva previdenciária feita entre janeiro de 2006 e outubro de 2008, que atualizada soma R$ 155,7 milhões, e que estava destinada ao pagamento de uma dívida com o Instituto de Previdência do Estado de São Paulo (Ipesp).
Complexo científico terá o dobro de seu espaço atual
A Samsung quer desenvolver tecnologia em telefonia e outros equipamentos; a Chevron quer aproveitar o conhecimento da Unicamp na área de petróleo, mas especificamente em prospecção, e a Embrapa quer fazer pesquisas para desenvolver sementes resistentes a altas temperaturas, visando ter produtos adaptados às mudanças climáticas. O assessor da reitoria, Paulo Rodrigues da Silva, disse ontem que a universidade decidiu não comprar a área, mas solicitar ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) que faça a desapropriação. Os recursos para o pagamento sairão da Unicamp, que já obteve a autorização do Conselho Universitário para dispor de R$ 150 milhões para a aquisição das terras. “Decidimos pagar segundo as normas estabelecidas na desapropriação”, afirmou.
O prefeito eleito Jonas Donizette (PSB) está intermediando a negociação entre Unicamp e governo do Estado. “Tenho todo o interesse na ampliação do parque científico da Unicamp e na atração de centros de pesquisa de grandes empresas”, afirmou o prefeito eleito.
A área integra a Fazenda Argentina, de propriedade da empresa Heliomar S.A., tem entre os sócios José Pires de Oliveira Dias Neto, vice-presidente da rede Drogasil, e seu irmão Carlos Pires Oliveira Dias, presidente da rede de farmácias e vice-presidente do conselho de administração do Grupo Camargo Corrêa. É a mesma terra que o Itaú-Unibanco negociava para instalar, em Campinas, o Centro Tecnológico de Operações (CTO) do banco, um investimento de R$ 1 bilhão que a cidade perdeu para Mogi Mirim. Oficialmente, o banco teria optado por aquela cidade após análise da infraestrutura disponível, como área, capacidade de suprir a demanda de energia, água e telecomunicações, além da localização. Mas o que pesou na decisão foram as exigências ambientais e principalmente a insegurança jurídica que se instalou em Campinas com a cassação dos prefeitos Hélio de Oliveira Santos (PDT) e Demétrio Vilagra (PT).
O dinheiro que está disponível para a aquisição da área é de uma reserva previdenciária feita entre janeiro de 2006 e outubro de 2008, que atualizada soma R$ 155,7 milhões, e que estava destinada ao pagamento de uma dívida com o Instituto de Previdência do Estado de São Paulo (Ipesp).
Complexo científico terá o dobro de seu espaço atual
Uma parte da área a ser adquirida pela Unicamp será destinada a
ampliação do parque científico da universidade, que hoje ocupa um
terreno de 100 mil metros quadrados e terá o dobro assim que a fazenda
for integrada ao patrimônio da universidade. Esse parque integra a
Agência de Inovação Inova Unicamp, destinada a ampliar o impacto do
ensino, pesquisa e extensão da universidade, por meio de parcerias e
iniciativas que estimulem a inovação.
A Cameron do Brasil é a primeira empresa a se instalar no Parque Científico da Unicamp. A chegada da multinacional abriu caminho para que outras empresas venham a se instalar. A Cameron vai ocupar uma área de 850 metros quadrados e deverá concluir a construção da obra em dois anos. Os custos envolvidos na construção serão de responsabilidade da empresa O próximo empreendimento a se instalar será o Laboratório de Inovação e Biocombustíveis (LIB), que ocupará uma área de mil metros quadrados. Mas há atualmente muitas empresas prospectando oportunidades no parque da universidade.
A Cameron do Brasil é a primeira empresa a se instalar no Parque Científico da Unicamp. A chegada da multinacional abriu caminho para que outras empresas venham a se instalar. A Cameron vai ocupar uma área de 850 metros quadrados e deverá concluir a construção da obra em dois anos. Os custos envolvidos na construção serão de responsabilidade da empresa O próximo empreendimento a se instalar será o Laboratório de Inovação e Biocombustíveis (LIB), que ocupará uma área de mil metros quadrados. Mas há atualmente muitas empresas prospectando oportunidades no parque da universidade.