segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Marta Bellini, a internacional ditatorial.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Ditadura brasileira


A ditadura brasileira expulsou mais de 1000 refugiados pelo Plano Condor

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12 NOVEMBRO 2012
Enviado pelo Grozny Arruda.

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A Comissão da Verdade obteve um documento que revela aspectos desconhecidos do sinistro pacto de extermínio assinado pelos militares.
Eram cidadãos que tentavam proteger-se da perseguição em seus próprios países. Porém, após serem entregues a sua nação de origem, a maioria acabou sendo assassinada. A informação estava nas mãos de uma comissão da ONU. Durante os 21 anos da última ditadura (1964-1985), o Brasil expulsou mais de mil refugiados sul-americanos em decorrência de um pacto selado com outros governos do Cone Sul.
Segundo documentos das Nações Unidas, aos quais tiveram acesso os membros da Comissão da Verdade, recentemente criada, o acordo para a expulsão dos exilados foi pactuado entre 78 militares brasileiros e argentinos, que contaram com o apoio das ditaduras do Chile, Paraguai e Uruguai, Esta fase desconhecida do Plano Condor, de coordenação repressiva entre os regimes civil-militares da região, consta nos arquivos da Comissão de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.
De acordo com a documentação recolhida pela Comissão da Verdade, o Brasil entregou a seus países de origem os cidadãos opositores que saíram de sua terra em busca de proteção, uma situação que a ONU define como “episódios flagrantes de violação aos Direitos Humanos”. Em muitos casos – que até agora tinham sido considerados como fatos isolados – as pessoas “devolvidas” eram logo assassinadas em suas nações. Fontes diplomáticas asseguraram que, na época, os ditadores brasileiros recusaram, inclusive, pedidos de amparo dos refugiados que chegavam a sua chancelaria com o aval do organismo multilateral.
Conforme estatísticas de veracidade duvidosa, entre 1977 e 1982, o Brasil recebeu cerca de 3300 pessoas chegadas de países latino-americanos em busca de asilo político. No entanto, concedeu esse status a apenas 1380 pessoas, transferindo-as rapidamente para outros lugares. Em 1979, essa situação foi denunciada pelo então representante regional do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Rolf Jenny. A agência da ONU acrescentou naqueles anos que “o Brasil não aplica, na prática, a lei de asilo nacional para as pessoas ligadas à esquerda e aos não europeus”, e que, desse modo, o país mantinha uma “posição extraoficial”.
Além das investigações feitas no Brasil e da colaboração recebida da ONU, em sua função designada de investigar todas as formas de abuso dos Direitos Humanos durante os 21 anos da ditadura, a Comissão da Verdade sairá em busca de documentos, arquivos policiais e militares, e telegramas diplomáticos sobre aspectos mantidos em segredo por governos estrangeiros e organismos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA). Segundo informações conhecidas ontem pelos meios diplomáticos, a comissão também decidiu pedir o acesso aos arquivos diplomáticos dos demais países do Condor.
Ansa, Efe y Télam